Os preparativos para a nova geração dos dois grandes navegadores da web, Internet Explorer e Firefox, já começaram desde o lançamento de suas últimas versões e desde então muito tem se falado em recursos e modificações. Testamos durante uma semana os dois concorrentes. Confira um resumo das principais funções e diferenças encontradas entre as duas versões iniciais dos navegadores.
Para os desenvolvedores, designers e curiosos de plantão já existem downloads para ambos os programas, embora estes ainda estejam em fase de desenvolvimento e, por isso, podem apresentar falhas e causar instabilidades nos sistemas.
Para os usuários mais curiosos, uma recomendação: ambos os programas não são instalados conjuntamente com suas versões anteriores, mas as substituem. Sendo assim, é recomendado fazer um backup das configurações e ter paciência com as possíveis falhas.
Os testes aconteceram em uma máquina com um processador Intel E2160 (de dois núcleos de 1,8 GHz), com 2 GB de RAM (em dual channel) e sob uma versão Ultimate do Windows Vista. No caso do Firefox 3, o programa também foi testado em um Mac Mini Core 2 Duo de 1,83 GHz, com 1 GB de memória e versão de sistema Mac OS X 10.5 (Leopard), sendo que nenhuma diferença importante entre ambas as versões foi constatada.
Firefox 3
Por estar em sua quinta versão de testes, o aplicativo da Fundação Mozilla parece mais avançado que o concorrente e, por isto, está mais próximo da sua versão final. Como resultado, o programa parece ser mais rápido no carregamento de páginas e, exceto por algumas falhas, parece mesmo que já está pronto para o uso, com versão para três plataformas (Windows, Mac e Linux) e idioma em português do Brasil.
Ao contrário do interpretador de códigos empregado no IE8, o Firefox não parece ter recebido grandes modificações, sendo assim todos os sites acessados por nossa equipe foram mostrados corretamente, da mesma maneira que acontecia na versão anterior do aplicativo.
O maior problema da versão de testes do navegador da Mozilla, entretanto, é que seus Complementos (miniaplicativos que adicionam recursos e são responsáveis por parte do sucesso do programa) ainda não começaram a ser migrados para a nova versão e, por isto, não estão funcionando. E, por serem criações de programadores independentes, levará algum tempo até que todos sejam atualizados.
O Firefox 3 recebeu duas melhorias que certamente elevarão a produtividade de usuários que trabalhem na Internet ou a utilizam com maior freqüência: a primeira delas aconteceu no gerenciador de downloads. Ao iniciar qualquer download no navegador da raposa, a informação de progresso aparece na barra de status, que mostra quantas transferências estão em atividade e quanto tempo devem levar até serem concluídas. Internamente, na própria janela do gerenciador, agora existe ferramenta de busca que localiza, conforme é digitado, o material já baixado.
A outra grande atualização foi também uma das que mais gerou comoção entre seus usuários quando anunciada: um recurso chamado “Places”. Ele insere entradas do Favoritos e do Histórico em um mesmo banco de dados, o que gera alguns benefícios interessantes. Basta iniciar a digitação de um trecho do endereço ou do título de um site visitado para que a barra de endereços mostre dezenas de opções entre os sites já navegados ou preferidos do usuário.
Outra possibilidade é o cadastramento de palavras-chave para sites favoritos, que possibilita que qualquer tipo de site gravado seja encontrado mediante digitação de comandos diretamente na barra de endereços.
Outra novidade é uma função que permite salvar a sessão de navegação, ao contrário do que acontecia antes, quando muitos usuários forçavam um travamento no aplicativo para que, quando retornassem, as mesmas abas em que navegavam anteriormente fossem abertas.
Esta deve ser a última versão beta do Firefox antes que a versão RC (Release Candidate, uma versão quase final que só será revista caso um erro grave seja encontrado) seja disponibilizada, até o fim de abril.
Internet Explorer 8
A primeira versão beta do Internet Explorer 8 foi lançada há alguns dias e uma de suas grandes novidades é seu maior problema hoje. O navegador propõe uma mudança considerável na programação de sites, algo que, até o momento, ainda não começou a acontecer. O resultado? Páginas desalinhadas, elementos ilegíveis e design arruinado em grande parte dos endereços.
O público designer é, inclusive, um dos primeiros aos quais se recomenda baixar a opção da Microsoft. Isto porque a companhia não quer correr o risco de que todos os sites pareçam “quebrados” quando a versão final estiver disponível.
Para resolver um pouco esta diferença entre padrões, o IE8 Beta 1 traz um botão chamado Emulate IE7, que faz com que o navegador pense ser sua versão anterior. O problema desta função é que ela exige que o usuário feche e abra novamente o programa, algo que pode ser um pouco irritante para quem precise trabalhar com as duas versões.
O IE8 contudo adiciona um novo complemento interessantíssimo, já funcional nesta versão de testes: o Activities (em português deve ser batizado como Atividades). Este recurso realiza a integração do conteúdo navegado a sistemas de blog, dicionário, mapas, mecanismo de busca e até mesmo tradutor online a partir do menu aberto pelo botão direito do mouse sobre qualquer seleção de texto.
Outra novidade do IE8 é o WebSlices, tecnologia semelhante ao RSS, que adiciona à Barra de Favoritos um item que, quando clicado, abre uma pequena janela com uma imagem ou conteúdo programado pelo site.
Este recurso não é automatizado, ou seja, exige uma programação especial criada pelo dono do site, então não pode ser explorado em todo seu potencial até agora já que quase nenhum site traz estes códigos.
Um recurso há muito esperado no programa da Microsoft foi implementado: o resgate de sites navegados quando o navegador trava. Assim, em qualquer momento de uma queda de luz ou de mau funcionamento do próprio aplicativo, ao iniciá-lo novamente é possível continuar (quase) exatamente de onde paramos.
Um novo beta do IE8 é aguardado, mas ainda não possui previsão de lançamento. Os usuários brasileiros ainda terão que esperar até que o navegador ganhe uma versão em português do Brasil.
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